A noite traz a poesia que imaginei perdida...
O silêncio ecoa como gritos
Em meio ao nada que é tudo.
Nem sei se chove lá fora
Ou se é o barulho aqui de dentro
Estremeço, constato e aceito:
Quando o sono não vem,
És tu que habitas sonhos e pensamentos
És tu que, de mansinho, ganhas espaço
Neste lugar que é só teu...
Sei que o sono virá em breve
Sei também que um novo dia virá
E, com ele, aquele barulho incessante
De pensamentos e sonhos que anseiam
Ávidos, inevitáveis, incontroláveis
Por um beijo teu.